o primeiro beijo
das tuas mãos
apenas o toque suado
desperta o mês das colheitas
e ao opaco dos dedos
côncavos diriges
ligeiros afagos à pele
que grita
sempre que me quiseres colher
será tua a minha pressa
e já não há tempo morto
dele fazemos
um novo grito de guerra
no limiar dos abraços
ao som do pára, arranca
contemplamos os nossos olhos
vezes sem conta
antes do primeiro beijo
NAF
31/05/2011