Translate

maio 15, 2011

Pela Estrada Fora


desde que 
os meus olhos 
te rasgaram

nas sebes
a luta é um fastio
de rastos

exílio
permanente
de civilizações

a morte em ti liberada
corredor
boca em silêncio

que os homens em ti cortaram
permissão de véspera
para morrer

nova sentença nocturna
pão de bolor
sem côdea

tardiamente no peito
acumulas carimbos
desembainhados de salivas

o festim
abre um espaço fértil
no teu corpo contentado

vagueias Pela Estrada Fora
o meu pobre silêncio
jamais será o mesmo



(NAF)
14/05/2011