Jeanne
a tua face esguia
veio ao meu encontro
num sussurro
na escuridão que eu contemplava
a tua mão devolveu-me à sobriedade
quisera eu
do negro dos teus olhos nada via
e não os conheci
até te construir pelas cores
das minhas mãos
e dançámos em lugares nocturnos
num convincente sorriso dilatado
as nossas pálpebras
ao som de um violino
Jeanne,
tão cedo te perdi o corpo
mas ficaste comigo
com o teu ventre carregado de esperança
Retrato- "Jeanne de Modigliani"
(NAF)
20/05/2011