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março 20, 2011

Botes


Botes
buzinam 
no mar
e embargados são
pelos embalos da vastidão
de deserto aquático
barcos sem pressa
enganando a saudade
contrariando a verdade
prestando favor de esperança
sendo o horizonte destino 
conselheiro
abrigo
mistério
sol
lâmpada ardente
que faz escurecer
encaminhando ao inevitável
da penumbra
onde as estrelas
e a lua quando se escondem
encontram e conversam
botes de histórias
que se confundem com o rir, chorar
disfarçando lágrimas com o suor do rosto
salgado
que roubas a frescura
deixada pelos lábios de uma mulher
histórias lembranças
viajam na vida
sacrifícios de boa medida
de quem não sabe se irá voltar
incertezas constantes
no coração magoam
com vida se aprende
fortalecem a alma.




(Naf)
03/2011