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setembro 07, 2011

Marcha Lenta

Tenho visto ultimamente
Que o rio corre mais devagar
Nos dedos junto ao chão lavrado
E as aves de retorno aos ninhos
Se levantam cada vez mais alto
Procurando o sossego
E nas folhagens silêncio
Tenho visto que as ideias e as palavras
Já não cabem no teu mundo
E em marcha lenta são-me retiradas
As vagas constantes de alegria
Que enérgicas batem asas para longe
Há que voltar ao porto de abrigo
Sem prazo limite nem esconderijo
Apenas um estilhaço de ti escondido
bem fundo 
No meu coração

(NAF)
05/09/11