Translate

setembro 18, 2011

agrados sinuosos

amanhã
vou dormir
por hoje enxugo e partindo
irei vencer o sono
que me faz balançar
amanhã irei crescer
agarrada às saias
longas e barbas por fazer
da minha mistura de ingredientes
naturais das ideias de sempre
e deixarei as vestes rasgadas
sonos ínfimos e preces canhotas
de lentos enjoos agrados sinuosos
que se esvaiem quando deito a cabeça
nas nuvens e me quero demorar
de cabeça oca
como malga que abranda ao som do pingo anunciado
entre dois pensamentos gastos
pergunto-me
onde está a sensual leveza de mim
quando o sol se deita
nas cordas da alma livre
despida

(NAF)
16/09/11