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setembro 04, 2011

em que me deito já nem o uivo do vento


Onde estão
as tuas mãos
aquelas mesmas
que me tiraram de um poço
fundo escuro.
Em que apenas os teus murmúrios
eram ouvidos. A minha melodia estás seca e nos bancos
em que me deito já nem o uivo do vento
me arrepia.
Solta-me.
Solta-me,
atento!
E faz-me ultrapassar esse hino
de mim mesma.
Que de sol e mar
apenas o sôfrego e o desalento
são castas reduzidas ao
meu pescoço pêndulo.
E uns lábios que não gritam
de uma gente
que não se sabe guiar
pelo silêncio

(NAF)
29/08/11