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setembro 24, 2011

danças telepáticas

és um rebento de flor
silvestre na minha boca
ao proferir o teu nome
o meu coração floresce em abundância
nunca conhecida antes pelo meu peito
sinto-te
aqui do meu lado
no mesmo tempo e espaço do par renascido
da mesma terra
como se os muros da distância caíssem
ao mover das nossas prosas
sou ninfa em tua boca essa que me ressuscita
e na grandiosa leveza do vento voas até mim
num brinde em odor de pétalas em êxtase,
caule fertilizado cadência certa cumprida
inadiável soluço do ventre
aos olhos oleados nas danças telepáticas do silêncio
de amar e ser amada de
corpo e alma por inteiro

(NAF)
21/09/11