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junho 02, 2011
sacrifícios inertes
o nariz de Deus
cheira a pó disperso
feito de gente imperfeita
são poucas as peças inteiras
e os pedaços estendem-se pelas arribas
aos quatro cantos é apregoado
o fim dos sacrifícios inertes
já não há vasos quebrados nas planícies do exclusivo
e são moldadas novas espécies de amor
onde só os mais fracos sobrevivem
e os feitos de pó
dispersam-se pelo desconhecido
onde as águias assobiam na gaiola
sem saberem o porquê
e o canto dos gafanhotos já não assusta
onde o verde se renova no azul
implodido no meu bem querer
para lá não se levam vasos às costas
apenas uma casca nua
que um espelho não reflecte
(NAF)
01/06/2011