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junho 06, 2011
ondas do ocidente
eu sou uma névoa
nas asas do vento
onde nenhum homem escurece
sou um mistério
misturado entre glórias e misérias
ao fundo o silêncio de que dependo
sou um jardim regado
de cânticos cativos
ao limiar da minha existência
ao ver-te chegar nas vagas
do mar nocturno
conheci o viajante trazendo a sede
da terra leve
então morria eu
e a solidão perdeu altura
revelando a liberdade do nós
o obscuro nunca o vimos
tais eram as oferendas entre as folhagens
na mais calma de todas as fronteiras
as ruínas nunca as via
ao redor do medonho trazido pelas ondas do ocidente
que me cobriram de mármore
eu sou uma névoa
nas asas do vento
onde nenhum homem escurece
mas haverá sempre quem grite
pelo fim dos impérios serenos
NAF
04/06/11