outro dia
este é o dia
é o dia de agradecer
mais uma vez
que levanto os pés da cama
num chão trémulo de pratos vazios
procurar sobreviventes
do passatempo moderno
sem ver o outro lado da margem submersa
sem encontrar o vento no arrastão dos choros
nem abrir as janelas
das pálpebras fingidas
e deitar-me de novo
sobre as feridas
dos cansados
(NAF)
19/08/11