há um respingar
do silêncio
interrompido
no meu útero gemendo
alheio às chamas
de audazes turbulências
capazes do senão entre dois dedos
enfeitados e sobremaneira convertidos
em cores do arco íris
para qual forma nasceram senão
na segurança de um olho de vida
na ponta do labutado
prazer diário
de assentar o corpo ao fim
do dia seguro no ventre
do pão que hoje trazes
pelos teus lábios seguro
aperta-o pois
sem dó
e limpa-o em fases distintas
enquanto o cheiro for teu
na pele que transportas
mexe-a
para que não morra
para que seja nossa
a tua
solidão
(NAF)
16/08/11