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agosto 24, 2011

a chama


e é assim
que me tiras o céu
e me levantas nessa moínha
em que os teus conceitos se enlaçam
na tampa que me rasga o silêncio
e é assim que me vês
sem norte nem fado
nem corpo oculto
levantando os ritos sensatos
dos calados
fosse doutro modo
fosse doutra estirpe
aquela em que os teus olhos
em erupção tornassem 
a ver o meu ventre
encontrassem o modo
em que nasci
crivo perpétuo
dos desassossegos 
palpitantes
entre duas flores queimadas


(NAF)
22/08/11