sinto o seu cheiro
como forasteiro recém chegado
procurando alojamento
inspiro o odor viciante
e parto em digressão
sou eremita abstinente
em terra distante
desbravo clássicos
onde Dumas molha a pena
à guarda do Luzeiro
da mente que não se apaga
renegando ao ardor dos meus olhos
relato em alta voz
o que apenas alcanço
sonhando
fecho um livro e sinto
o seu cheiro amarelo
penetrando
num cérebro pueril
viajando ao século XIX
(Naf)
18/04/2011