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dezembro 12, 2011

enquanto viver

já não preciso ter esperança
em mim pelos vastos caminhos que percorri
hoje sou vaso
e no fundo uma raiz sem seiva
guardada entornada estendida
para que todos ou nenhum saibam
de onde vim
tenho em mim o segredo
da esperança
enquanto viver
já nada sobra do enlace demorado
das horas vagas à espera dos cantos vazios
e tormentos
pela resposta que enfim tardava
pelos atalhos se fazendo longos
já não preciso embarcar nos molhos de sonhos
que me obrigam a voar
sou raio sem destino
brilho sem luz
estrela cadente
rompo o espaço e descubro
o nada
infinito


(NAF)
11/12/11