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novembro 26, 2011

parágrafo sem ponteiros

Tentei por o teu rosto
em jaula
benzida fechada
Lavrei sorriso a sorriso de ti
na minha boca sedenta
Vazia em vão
Ou não,
senão loucura embriagada
Engoli-te em sonhos
desmascarei-me de
Mim e assim
Sem ti descalça dispersa
Distante de nós
sem vírgulas nem pontos
só tu no pensamento
E latejante como ferida que não dói
e não sara vieste
e sem cadeados rompeste a solidão
ao desatares o nó das minhas pestanas
na urgência do nosso abraço
ofereceremos um parágrafo sem ponteiros
Às libelinhas marcianas
Pois no lago azul de prata
já festejam as aves
Em danças de mil pés

(NAF)
16/11/11