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novembro 22, 2011

não desisto


não desisto do luar
em noites de céu coberto
ainda que o mar caia
e se levante em fúria no cosmos
da alma gota a gota
não desistirei
farei das plumas da vida
um navio em constante movimento
contornarei
retomarei ao cais
em vagas inconstantes
tumultos de mim
enfim
Não! não desisto das palmas das
almas que me enternecem
sou nada e sem algo que me sustente
por entre as gentes que se engrandecem
como pura seda em olhos que tecem
sal doce em boca amarga
talvez tente,
talvez vá até ao fim
esconda as lágrimas em parte incerta
e não desista
de mim
(NAF)
18/11/11