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agosto 18, 2025

asas gastas

Mais uma noite, no adormecer nas palavras

Vêm como libelinhas que me 

Resgatam dos silêncios,

Aqueles que me são voz.

Abismo senhor de todos os ecos.

Soletram desejos desencontrados no tempo.

Se um dia 

Procurares por mim

Não sigas o meu rasto 

Pela madrugada

Vivo com a lua

E bebo das estrelas 

Que suspiram à noite.

Serei aquela brisa de outono

Que que te alcança e 

Desvenda  

a quietude das sombras.

Como um pássaro a motor 

Na metamorfose das 

Asas gastas

Quando sussuras de noite

Serei o respirar que 

Desvanece 

Silencioso e brilhante

Um pólen de fogo

Descendo à garganta

Rumo à nascente 

dos teus segredos mais

sombrios



 

naf