Mais uma noite, no adormecer nas palavras
Vêm como libelinhas que me
Resgatam dos silêncios,
Aqueles que me são voz.
Abismo senhor de todos os ecos.
Soletram desejos desencontrados no tempo.
Se um dia
Procurares por mim
Não sigas o meu rasto
Pela madrugada
Vivo com a lua
E bebo das estrelas
Que suspiram à noite.
Serei aquela brisa de outono
Que que te alcança e
Desvenda
a quietude das sombras.
Como um pássaro a motor
Na metamorfose das
Asas gastas
Quando sussuras de noite
Serei o respirar que
Desvanece
Silencioso e brilhante
Um pólen de fogo
Descendo à garganta
Rumo à nascente
dos teus segredos mais
sombrios
naf