nessa gruta inconfessa
que é o teu coração
nesses minutos
que escorrem mudos
mastigo olhar
após olhar
e disponho as horas
como bolhas
de sabão,
pupila dilatada
Sonho-nos,
cultivando luares
nas estrelas coloridas
do nosso tecto
alto cúmplice
e impregno-me
dessa tua seiva que me escorre
nas veias
nada vejo
além do óbvio
(Naf)
25/03/2013