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agosto 19, 2023

Poema XXIII



Era noite,
Perdi-me nas lágrimas 
Da humanidade. 
Pedi
que a chuva diluísse nos seus
olhos 
um eco de orvalho
Pela madrugada.
E levasse marés de mar que em Teus passos
Habitam, com o
Odor a lavanda destilada.
O gelo da ausência do 
Adeus
Nas mãos da pátria umbilical 
Serão feitas todas as
Vontades dos homens?
De onde ouvirás:
Assim na terra como na terra.
E ao pó voltarás.


Naf

Aos arrozais



Foi para ti

que cultivei a goma

do riso

Lembras-te?

Na pátria dos esquecidos

Para ti 

desfolhei

Colhi, aguardei 

todos os sentidos

adormecidos 

do estandarte vitorioso

minha miragem

como gomos de ausências na alma traçados

Por ti achei e minei

as frestas (fria)mbulantes

do tempo 

esse carrasco que se diz senhor

da dor

Como sabes,

soltei todos os perfumes da terra

que velei

na tua goela longínqua 

e encontrei-me 

Perdida

em ti cingida sem peito

dando voz ás mil águas

Da nossa foz

onde te Incluo 

Incólume 

fluente caudal 

supremo

de vida.


Naf