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março 25, 2018

Um dia irei voar sobre as asas do vento. Poderei finalmente dizer regressos, ver destruídos todos os tic-tacs que me separavam de ti. E falar-te isto e falar-te aquilo, sentar-me ao teu colo sem dúvidas nem teologias. Um dia poderei beber grinaldas de céu e para que me lembre, lançar-te-ei mil suspiros de bem-querer com os meus cabelos, e se me deixares, faremos uma festa, cantaremos vitórias e secarás todas as lágrimas, restarão corações despidos e luz.
Tarde te amei, procurava-te por todo o lugar do lado de fora, e eis que habitavas dentro de mim. Tu chamaste-me, e o Teu grito rasgou a minha surdez. O mundo inteiro deveria saber que é proibido engolir a morte, não amar como uns, não crer como outros, contudo partiremos, como todos partem. Um dia____

©Naf
23-03-2018

março 24, 2018

Dialectos

O amor
baseia-se na força
de quem lapida oceanos
Engole montanhas
E contudo, chora.
Lágrima
talhada no lapidar desenfreado do tempo,
escassez dos membros da
Fauna, gota
envolvente seda
E
faz brotar rosas nos olhos áridos.
Quem pare o amor
Respira dialectos de saber
Ser
E se for,
Dicionário efêmero e universal
necessário à sobrevivência da espécie
Ou uma nova espécie de sal
E Luz
Talvez bússolas ou mapas nos ajudem,
Ou talvez não
E seja apenas necessário
O beijo da palavra e
a pluralidade
de quem abraça com o coração.


©Naf
03/2018

março 20, 2018

À noite tudo dorme menos o teu nome. Continuo a trocar mil estrelas para te dar o céu inteiro porque nas águas deste rio silêncios engomados a ouro são como os beijos que cometemos juntos. E tu, Poesia.

©Naf