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julho 11, 2014



Onde
estavas
Tu
quando
te conheci?
templo
pioneiro
envolto em
acrobacias aéreas
tão só(mente)- me
pois já se passaram
longos dias
e
também me disseram
que há corações que
Nascem
para ser título
enredo e capa
do próprio
Amor.
Agora,
qual pardalito sonhador
retiro-te
o peso das asas quebradas
prenúncio
ao canto aninhado
das aves sem dor
e elevo-te
nenúfar
Sob a minha
Pele.



©Naf
10/07/14

junho 23, 2014

Poema



Hoje,
nas portadas
da memória
derreti-te branco,
a cor
que te desvenda
o sorriso.

Amanhã, sim
serão papiros e letras
e chão
medieval
ciclónico
E paz
rega
ou pose
mediática
negativo
a preto e branco
sobre cores silvestres

E estupidamente
perfeito
darás à luz esse sonho
se tão perto soburdinarmos
as noites
a Mercúrio
que treme
abulindo

todas as rotas
migratórias
da saudade.





©Naf

15/06/14

março 17, 2014

Ponto de luz



Se regressar,
será aos teus olhos
por acaso ardem nos lábios,
coincidências?
como os acasos ardem para sempre
E, a outro rio
sob outras sombras, regresso
devagar, para que as margens não morram
como morri de outras vezes
E choro como quem procura
grito como quem lambe os sentidos
suspensos na tua boca
Arranquei os meus olhos para ti
que ao longo do teu corpo viviam
e morriam, todas as estrelas
A noite essa, partira
devagar acordo-te.


©Naf
17/03/14




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janeiro 17, 2014

oxigénio




tentei fugir-te na noite
mais escura que há na solidão
antevi a lonjura dos nossos beijos,
desisti.
era como a dor de morrer
e ficar sem sepultura
bebi dos quartos interiores
a loucura de não poder ficar longe de ti
procurei-te à noite
e à noite saí, bebi dos teus beiços
o cheiro a fruta que veste de frescura
a escuridão
só dentro de ti rebentam todas as ciências
do oxigénio, tricotado a segredos
só dentro de ti se levanta em alta voz
o que sem som, brota do coração.


©Naf
6/2013




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